Encontramos Arabella e seu marido na saída pro Albertina. Tivemos uma conversa rápida, mas cheia de revelações, onde ela contou ser só um pouco mais
velha do que eu e bem mais nova do que ele, a quem conheceu na ocasião em que foi seu professor. Aconselhou-me, brincando,
a como manter um relacionamento duradouro. Segundo ela, era só tratá-los muito
bem no início. “Depois, nem precisa tanto”, disse com aquele sotaque
inesquecível, assoviando nos “th” das palavras.
Aproveitamos para nos despedir, pois só retornaríamos para pegar as malas e prosseguir para o próximo destino, que seria Praga.
Aproveitamos para nos despedir, pois só retornaríamos para pegar as malas e prosseguir para o próximo destino, que seria Praga.
Voltamos ao Frieraum para o café da manhã, onde pude
conferir o banheiro modernoso que beirava o surreal, com diferenciação
ininteligível entre masculino e feminino. Essa dúvida foi comprovada por um
sujeito que entrou no feminino na hora em que eu saía.
A pia ficava no meio do banheiro, sem ser encostada em qualquer parede e era composta por uma bacia circular alta, grande e colorida, revestida com pastilhas de vidro e com um grande chuveiro no centro. Ele era ativado a partir de um sensor que não consegui identificar. Uma pena que eu não tivesse levado a câmera comigo. Acabei só registrando mesmo os pratos, que eram de estilos bem diferentes, o meu (breve intervalo natureba na dieta calórica) e o do Eduardo (firme no croissant com Nutella).
A pia ficava no meio do banheiro, sem ser encostada em qualquer parede e era composta por uma bacia circular alta, grande e colorida, revestida com pastilhas de vidro e com um grande chuveiro no centro. Ele era ativado a partir de um sensor que não consegui identificar. Uma pena que eu não tivesse levado a câmera comigo. Acabei só registrando mesmo os pratos, que eram de estilos bem diferentes, o meu (breve intervalo natureba na dieta calórica) e o do Eduardo (firme no croissant com Nutella).
Fomos diretamente pro Albertina, um museu sensacional, onde havia uma exposição
maravilhosa de desenhos de Bosch, Bruegel, Rubens e Rembrandt.
Outro registro que vale a pena são estas esculturas engraçadas de macacos, que ladeavam o corredor de acesso ao museu...
Chegamos na cabine com os lugares que reservamos pela internet, que estavam ocupados. Fiquei um pouco apreensiva, mas foi só chegar que os "penetras" saíram. Acho que é de praxe tentar a sorte, pois nem todos os assentos são reservados ou nem todas as reservas se confirmam.
Junto conosco, também viajou um casal espanhol, Javier e Silvia, que seguiriam até Budapeste e um casal brasileiro, que devia ter por volta de 60 anos. Todos muito simpáticos, mas praticamente só dava Javier hablando pelos cotovelos na viagem inteira. Ele era um tipo metrossexual europeu quarentão, enquanto a mulher loura, baixinha, fazia um tipo sexy discreta. Ela praticamente só concordava com ele, sorrindo. Na verdade, o sujeito falava tanto que não havia muito espaço pra ela que, quando complementava algum comentário do marido, logo tinha sua fala corrigida ou melhorada por ele. Deu uma certa pena.
A viagem seguiu-se praticamente toda ao som da voz do Javier, entrecortada pelo Eduardo, eu e o homem do outro casal brasileiro. A mulher parecia um tipo frágil, talvez até doente, que eventualmente fazia expressões de desconforto.
Demos uma pausa no falatório do espanhol pra almoçarmos no vagão restaurante uma massinha "marromenu", que era das poucas opções disponíveis, segundo um garçon muito mal humorado...
Sem problemas, pois logo chegávamos ao nosso destino, Praga, onde, depois de nos despedirmos de Javier e Silvia, saltamos do trem, junto com o outro casal brasileiro.
Já era noite, mas como o Eduardo já tinha estado em Praga para visitar seu amigo Sam, resolvemos pegar o bonde até o hostel, onde chegamos rapidamente.
O staff do One Hostel era muito prestativo e simpático. Nosso quarto ficava no primeiro andar e contava com cozinha e copa, além de uma pequena sacada. Pelo acesso wifi, o Eduardo entrou em contato com Sam, dizendo que já tínhamos chegado. Poucos minutos depois, ele retornou a mensagem, dizendo que já estava na recepção.
Finalmente fui apresentada ao Sam, de quem já tinha ouvido muito a respeito, pois é um dos grandes amigos do Eduardo. Ele nos levou a um restaurante próximo, onde comemos ótimos hambúrgures (estávamos morrendo de fome) e tomamos cerveja. Depois, demos algumas voltas pelos arredores, onde pude ver a famosa Petrin Tower, toda iluminada à noite.
Estava um frio danado e achei que fosse o motivo pelo qual as ruas estivessem tão desertas, mas o Sam explicou que aquele era mesmo o estilo de Praga. À noite, as pessoas que saíam estavam em bares que, apesar de serem muitos, não podiam ser muito bem percebidos do lado de fora. Esse foi um aspecto interessante de se perceber em Praga. Um jeito de ser que paira entre o discreto e o obscuro.
Sam nos levou até o albergue e combinamos de nos encontrarmos no dia seguinte, pouco depois do almoço. À noite, ainda iríamos a um concerto do pianista András Schiff no Salão Dvorák no Rudolfinum e, mais tarde, jantar com Sam e sua mulher, Yuggi.
Ou seja, fim de dia cheio com outro ainda mais nos esperando! Até mais!
Estou postando algumas obras aleatórias, pois o museu vale o registro. Tivemos pena de termos reservado apenas a manhã espremida para visitá-lo.
Outro registro que vale a pena são estas esculturas engraçadas de macacos, que ladeavam o corredor de acesso ao museu...
Demos uma última volta pelo centro e retornamos ao Arabella Guesthouse para pegarmos nossa bagagem e seguirmos para a estação de trem, rumo a Praga.
Erramos a estação onde deveríamos saltar, pois havia duas com o mesmo nome inicial. Depois de alguns minutos perdidos e diante da reação naturalmente masculina do Eduardo ao se recusar a pedir informações, enfiei-me numa loja de flores próxima e me orientei em Inglês. Senti-me feliz em finalmente contribuir com a nossa localização, já que, desde Florença, eu tinha me rendido totalmente ao GPS natural do Eduardo e nem me esforçava mais em ligar o meu, que já nasceu avariado.
Chegamos na cabine com os lugares que reservamos pela internet, que estavam ocupados. Fiquei um pouco apreensiva, mas foi só chegar que os "penetras" saíram. Acho que é de praxe tentar a sorte, pois nem todos os assentos são reservados ou nem todas as reservas se confirmam.
Junto conosco, também viajou um casal espanhol, Javier e Silvia, que seguiriam até Budapeste e um casal brasileiro, que devia ter por volta de 60 anos. Todos muito simpáticos, mas praticamente só dava Javier hablando pelos cotovelos na viagem inteira. Ele era um tipo metrossexual europeu quarentão, enquanto a mulher loura, baixinha, fazia um tipo sexy discreta. Ela praticamente só concordava com ele, sorrindo. Na verdade, o sujeito falava tanto que não havia muito espaço pra ela que, quando complementava algum comentário do marido, logo tinha sua fala corrigida ou melhorada por ele. Deu uma certa pena.
A viagem seguiu-se praticamente toda ao som da voz do Javier, entrecortada pelo Eduardo, eu e o homem do outro casal brasileiro. A mulher parecia um tipo frágil, talvez até doente, que eventualmente fazia expressões de desconforto.
Demos uma pausa no falatório do espanhol pra almoçarmos no vagão restaurante uma massinha "marromenu", que era das poucas opções disponíveis, segundo um garçon muito mal humorado...
Sem problemas, pois logo chegávamos ao nosso destino, Praga, onde, depois de nos despedirmos de Javier e Silvia, saltamos do trem, junto com o outro casal brasileiro.
Já era noite, mas como o Eduardo já tinha estado em Praga para visitar seu amigo Sam, resolvemos pegar o bonde até o hostel, onde chegamos rapidamente.
O staff do One Hostel era muito prestativo e simpático. Nosso quarto ficava no primeiro andar e contava com cozinha e copa, além de uma pequena sacada. Pelo acesso wifi, o Eduardo entrou em contato com Sam, dizendo que já tínhamos chegado. Poucos minutos depois, ele retornou a mensagem, dizendo que já estava na recepção.
Finalmente fui apresentada ao Sam, de quem já tinha ouvido muito a respeito, pois é um dos grandes amigos do Eduardo. Ele nos levou a um restaurante próximo, onde comemos ótimos hambúrgures (estávamos morrendo de fome) e tomamos cerveja. Depois, demos algumas voltas pelos arredores, onde pude ver a famosa Petrin Tower, toda iluminada à noite.
Estava um frio danado e achei que fosse o motivo pelo qual as ruas estivessem tão desertas, mas o Sam explicou que aquele era mesmo o estilo de Praga. À noite, as pessoas que saíam estavam em bares que, apesar de serem muitos, não podiam ser muito bem percebidos do lado de fora. Esse foi um aspecto interessante de se perceber em Praga. Um jeito de ser que paira entre o discreto e o obscuro.
Sam nos levou até o albergue e combinamos de nos encontrarmos no dia seguinte, pouco depois do almoço. À noite, ainda iríamos a um concerto do pianista András Schiff no Salão Dvorák no Rudolfinum e, mais tarde, jantar com Sam e sua mulher, Yuggi.
Ou seja, fim de dia cheio com outro ainda mais nos esperando! Até mais!