Depois que chegamos de Chartres, eu e Marly ainda voltamos à Gallerie Lafayette. Eu queria comprar presentes de dia das Mães pra minha mãe e pra minha irmã. Ela me ajudou a escolhê-los e depois passamos na lojinha de produtos dermatológicos que ela me recomendou, a Yves Rocher. Fiz a festa com shampoos, cremes, maquiagens, esmaltes!
Obviamente, os planos de ir a Montmartre novamente foram descartados. Não havia nem tempo nem fôlego. Além disso, a Marly queria fazer um jantar de despedida e ainda me levar ao shopping de Gonesse pra umas últimas coisinhas que ela não me deixou comprar na GL. Ela afirmava veementemente que as mesmas marcas existiam no shopping e muito mais baratas.
Chegamos na casa da Marly a tempo de que ela temperasse o agnon (alguma coisa de cordeiro) e partimos pro shopping. Comprei mais umas bobagens e passei na farmácia, onde achei as cápsulas de cranberry por que tanto procurei na Espanha. Levei mais umas vitaminas e sabonetinhos. Corremos pra comprar um vinho e voltamos a jato.
Pouco antes de entrar no banho, despedi-me da Carline, irmã da Marly que conheci também em Barcelona (revelado o segredo da origem da Marly: conheci-a e também suas duas irmãs no albergue de Barcelona, quando dividimos o quarto!!). Ela iria passar um ano e meio trabalhando nos Estados Unidos e também era um amor!
A Marly foi terminando o jantar com a ajuda do Joan enquanto eu corria pra tomar banho e arrumar as últimas coisas. Eu havia comprado uma mala bem grande no dia anterior, então foi tranquilo enrolar as quatro garrafas de vinho e acomodar todas as lembrancinhas de murano.
Quando saí do quarto, tinha um jantar maravilhoso me esperando. A tal paleta de cordeiro assada com um talharim ao molho de champignons. A Marly tinha se esmerado porque, além do carinho pela despedida, ela também estava com o orgulho francês ferido. Poucos dias antes ela havia me perguntado onde, nos lugares por que passei na Europa, eu havia comido melhor. Respondi que tinha sido na Itália e ela ficou chocada. Na hora, arrependi-me da minha sinceridade, mas depois de provar aquele agnon, nem tanto. Hehehe.
Hora de partir!!! Ah, que tristeza!!! Acho que só não chorei quando entrei naquele carro porque estávamos absolutamente atrasados. Chegando no aeroporto, foi uma loucura pra achar o portão certo do embarque, porque a sinalização é super confusa. Eu havia feito checkin online, mas ainda tinha de despachar a bagagem.
Depois de muito correr, cheguei suando em bicas no guichê, onde um atendente muito simpático me tranquilizou de que eu estava no prazo. Ao meu lado, tinha uma senhora brasileira chorando desesperadamente, pois não conseguia achar seu passaporte. A sobrinha, que disse morar em Paris, tentava tranquilizá-la, mas a mulher chegava a tremer de nervoso. Tentei sugerir alguns lugares onde poderia estar o documento, mas não tinha jeito. Começando a me preocupar com o meu prazo, desejei boa sorte e fui me despedir da Marly pra embarcar.
Abracei-a muito, agradecendo imensamente e dizendo que estou esperando por ela, Joan e Lucas, seja quando for que eles puderem vir conhecer o Brasil. Dei muitos beijinhos no Lucas, que me abraçou e fez carinha de tristeza. Um fofo!!!
Fui em direção do embarque com uma mistura de sentimentos. Um aperto no peito de saudade de tudo e todos que conheci com uma grande ansiedade de voltar pra minha terra, pra junto dos meus!
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