domingo, 20 de junho de 2010

Paris: oitavo e último dia - Chartres

























Meu último dia em Paris! Eu queria muito completar algumas experiências que ficaram inacabadas, como ter ido à Torrei Eiffel, mas não ter subido nela, ou ter ido a Montmartre, mas apenas à noite, quando todas as lojinhas estavam fechadas e a vista da cidade, embora linda, foi apenas noturna. Mas a Marly tinha outros planos pra mim e foi tão incisiva, que não tive como contornar. Repetindo a incrível generosidade de sempre, tirou o dia de folga pra ficar comigo e me levar a uma cidadezinha chamada Chartres. Combinamos que eu iria a Monmartre na volta.

Acordamos, deixamos o Lucas na creche e seguimos pra estação de Montparnasse, onde pegaríamos o trem pra Chartres. Quando fomos comprar a passagem, tomei um susto com o valor e o tempo de viagem (1hora), mas nada demovia a Marly da ideia, então, vambora! O próximo trem só partia daí a uma hora e meia e a Marly perguntou à atendente antipática se havia algo interessante pra vermos nas redondezas. A mulher com cara de coquinho disse que tinha umas lojinhas e galerias por ali.

Saímos comentando sobre a mulher metida à besta e me deparei com a torre de Montparnasse, que é um dos maiores prédios de Paris. Marly me explicou que só empresas muito chiques tinham escritório ali. Andando mais um tiquinho, vimos um letreiro por que eu estava procurando fazia muito tempo, Galeries Lafayette!!! Mais perfeito impossível! Daria pra eu conhece a tão famosa loja de departamento na janela de tempo do trem pra Chartre! A descoberta nos levou a criticar novamente a atendente nojenta. Custava ela falar que tinha uma Galerie Lafayette ali do lado#

Entramos e fui direto procurar o guarda-chuva que minha mãe havia encomendado. Diante de várias opções, fiquei meio em dúvida do que a Bibisa ia gostar, mas fechei com um estampado bem interessante. Fiquei perdida no meio de tantos cosméticos e perfumes que são minha paixão. Adoro os frascos, as propagandas, os aromas, tudo! Num piscar de olhos o tempo passou e tivemos de correr pra estação.

Chegamos uns 10 minutinhos antes de o trem partir e nos sentamos em assentos que ficavam de lado. A Marly tinha me dado dois folhados de queijo pela manhã que jurava que eu tinha de provar. Eu tinha guardado unzinho. Comi satisfeita meu salgado e ela uns bombons italianos que eu havia lhe dado no dia em que fui à feirinha de degustação.

Um pouquinho antes de uma hora mais tarde, chegamos a Chartres. Fomos diretamente à Catedral, que eu descobri se chamar Notre Dame de Chartres. Foi quando eu entendi a razão porque ela fez tanta questão de me levar lá. Nossa, que espetáculo! Um exemplo perfeito da arquitetura gótica. Pra completar, um pequeno concerto de órgão foi tocado enquanto estávamos lá. Obviamente, tinha muito menos turistas naquela Notre Dame do que a de Paris, o que me fez simpatizar ainda mais com aquela "prima". Depois, a Nandi me confirmou ser uma obra arquitetônica de importantíssima relevância e que eu havia feito muito bem em ter "perdido" duas horas de deslocamento pra vê-la.

Andamos mais um pouco pela cidade, que se revelou charmosíssima. Vários restaurantes lindinhos e pequenas ruelas. Jardins lindos e um canal completavam o visual. Paramos numa lojinha onde comprei um azeite de nozes e as "batatas da Provence" que eram naturalmente azuis. Não eram nada além do que batatas chips, mas azuis.

Não ficamos na cidade mais do que uma hora e quarenta e cinco e tivemos de voltar. Recomendo uma visita mais demorada, com direito a almoço, num passeio completo. No dia em que voltar a Paris, definitivamente retornarei a Chartres.

Chegamos no trem cansadas mais felizes e fomos batendo papo enquanto comíamos o restinho das batatas azuis da Provence. Ai, tava acabando...

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