Cheguei em cima do laço pro ônibus que nos levaria a Siena, mas as meninas já estavam me esperando na plataforma. Desta vez, a viagem não teve nenhuma figura falando alto ao celular. Talvez as maiores figuras do ônibus tenhamos sido nós três, que não paramos de falar um minuto, cheias de empolgação.
O ônibus fez parada em Poggibonsi e me lembrei do ano passado, quando fiz uma deliciosa viagem a San Gimignano. Nessa ocasião, troquei de ônibus nessa cidade, mas isso não foi necessário pra Siena, pois ele era direto.
Assim que chegamos, comprei um mapa e tentei achar o hotel que havia pesquisado na internet. Descobri que ele ficava fora da cidade e decidi procurar algo mais perto. Logo entendi o porquê do site só ter me indicado aquela opção. O hotel mais barato que vi, já lotado, cobrava 70 euros o pernoite. Em determinada hora, desisti da ideia de ficar por lá e resolvi voltar com as meninas pra Florença no fim do dia. Do contrário, passaria metade do primeiro dia catando hotel e talvez não conseguisse nada por menos do que aquele valor. O chato foi ter de carregar a bolsa pesada, preparada pra dois dias e com o notebook, mas deu pra administrar.
A cidade é lindíssima e ficamos encantadas com a praça do Campo, onde ocorre, uma vez ao ano, a Palia de Siena. Vimos os afrescos lindíssimos do Palazzo Comunale, dentre eles o que representava o bom e o mau governo, além da Santa Maria sendo coroada.
Conhecemos a casa e santuário de Santa Maria e o Duomo de Siena, imponente. Neste último, passamos bastante tempo, fotografando vários detalhes.
O almoço foi num restaurante próximo ao que havia sido indicado no meu guia, pois este estava fechado. A solução foi optar pelo vizinho que, se não era maravilhoso, feio também não fez. Comi uma fritata de espinafre, queijo e presunto como primo e um risoto de presunto, abobrinha e queijo como secondo. Mas o melhor de tudo foi provar o Brunello de Montalcino. A Cristina me acompanhou e também adorou.
Dali, seguimos pro Duomo. Demoramos bastante no caminho, pois curtimos as ruas e casas daquela cidade tão linda. No Duomo, tiramos muitas fotos interessantes, sempre sem flash. Tanto a fachada quanto o interior são lindos. Um pouco opressivos de tão detalhados, eu diria. No redor da cúpula, há uma série de esculturas só de cabeças, com nomes abaixo. Não sei bem quem seriam aqueles homens, mas são bastante assustadores, cada um olhando pra uma direção, de forma que tem sempre uns 5 mirando fixamente vc, aonde quer que esteja.
A essa hora, o fato de ter carregado a mochila do pernoite perdido começou a me pesar na disposição. Já eram mais de 17 h e eu estava realmente cansada. As meninas também estavam e decidimos ir embora. No caminho, paradinha estratégica pra um gelato e pra alguns artigos típicos da região rural da Toscana. Acabei seguindo com 3 garrafas de vinho, dois pacotes de massa e dois vidros de molho. A Cristina acabou me ajudando a carregar porque eu já estava quase rolando as ladeiras de tanta tralha.
Conseguimos esperar bem pouco pelo ônibus que foi pela autoestrada, ganhando quase uma hora no percurso. O engraçado é que vimos paisagens mais bonitas do que na ida, quando havíamos escolhido o percurso "ordinario" de propósito, pra poder passar por regiões mais rurais.
Chegando a Florença, a Cristina me convidou pra um jantar de despedida do que ela chamou de sua cicerone. Senti-me muito honrada de ser considerada cicerone dentro de Florença, cidade que eu amo tanto. Pra mim, sou mais uma encantada, que tentou fazer com que uma amiga querida compartilhasse desse encantamento. Não é tarefa difícil.
Despedimo-nos já combinando de nos encontrarmos no Brasil pra troca de fotos e desejando bom resto (a minha já está na metade!) viagem.
Chegando na casa da Nandi, eles se surpreenderam com a minha chegada, pois achavam que eu iria pernoitar por Siena. Ela ficou feliz com meu retorno, pois, assim, poderíamos aproveitar o dia seguinte e ir com o Nelson à Villa Medicea de Castello e Petraia.
Bora mimir!
Bacione.
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