Cheguei na estação de Saints e rapidamente já identifiquei o metrô. Já havia visto no site do albergue que podia ir andando ou saltar na estação Maria Cristina, portanto, achei melhor pedir informação. Fui num posto bem fácil de achar e pedi pelo mapa oficial da cidade. Paguei 1 euro por ele, enquanto falava com uma moça simpática, em Inglês. Vimos que com mala, o melhor seria mesmo pegar o metrô. Agradeci e lá fui eu, cheia de tralhas.
Dessa vez, não foi preciso fazer baldeação. Saltei e andei um pouquinho pela Diagonal, que é uma das principais avenidas de Barcelona, até chegar na Numancia, rua do albergue. O bairro é bonito, arejado, com jardins bem espaçosos. Estava ventando e um pouco nublado, com um friozinho básico.
Vi o albergue logo e me deu um grande alívio. Parecia excelente, bem moderninho, ao estilo do Plus Florence. Quando estou descendo a rampa, sinto uma mão nas minhas costas, me puxando e uma voz falando alguma coisa. Senti o sangue sair das mãos e do rosto, quando viro pra trás e vejo... Rosito, minha amiga, que estava passando o mês em Barcelona com o marido, que é catalão! Havíamos combinado de nos encontrarmos, mas não achei que fosse acontecer bem quando eu chegasse! Mas como o Victor estava se encontrando com um primo que não via há muito tempo, ela aproveitou pra ver se me achava no albergue. Depois do impacto inicial do susto, fiquei muito alegre de ver um rosto amigo por ali. Seria o máximo ter o primeiro contato com Barcelona ao lado da Rosito, que é muito divertida. Faltou você, Clé!
Fiz o check in, deixei as malas e partimos pra Barça! Pegamos novamente o metrô e fomos pra Ramblas, que é a rua mais famosa da cidade. Muitos turistas, jovens fazendo malabarismos e artistas performáticos. Também tem aquelas lojinhas de bugigangas e muitos bares a céu aberto. Desviamos algumas vezes para os lados e entramos numa área com influência turca e marroquina. Comemos Dürüm, que é tipo um wrap de pão sírio, com salada, molho, queijo de cabra e frango. Tomamos cerveja Estrella e saímos papeando sobre a vida, felizes até não poder mais. Muito chique isso de jogar conversa fora em Barcelona, né Rosito#
Paramos numa feirinha (assim como eu, Rosito ama feirinhas) e tomamos chá de hortelã. No caminho de volta pra Ramblas, paramos numa loja com uns doces típicos do Oriente Médio. Tinha de amêndoa, pistache, nozes... Todos mais bonitos do que gostosos, mas valeu a experiência.
Fomos andando até o Porto, onde tiramos fotos e ficamos sentadas olhando os barcos, numa moleza só. Nessa hora, já tava bem frio, então continuamos a andar até o shopping Mare Magnum e um pouquinho da Barceloneta.
Depois que o Victor ligou, marcamos de nos encontrarmos com ele no Bairro Gótico. Pegamos o metrô, acabamos nos perdendo um pouco, mas vendo muita coisa linda no caminho. Por fim, terminamos combinando na própria Ramblas, em frente ao Liceu.
Fomos a um barzinho onde tocava rock. Tomamos uns shots malucos que não me lembro o que tinha e uma cerveja muito gostosa e encorpada que tem aqui. Esqueci o nome. Rosito, ajuda aí. Daí, seguimos pra um restaurante, onde pedimos vários belisquetes típicos da Catalunha e sangria. O destaque, definitivamente, é para o pão de tomate. Eles torram o pão com uma fina camada de massa de tomate que eles mesmos preparam. Corresponde ao nosso pão de alho, mas muito mais suave e sutil. Bem interessante!
Eles iam esticar a noite, mas eu já estava pelas tabelas, então, decidi voltar ao albergue. Eles me deixaram no metrô e em 20 minutos eu estava no quarto, usando a lanterninha.
Barcelona promete!

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