Como bom anjo da guarda, que se mantém permanentemente cuidadoso, Nandi me acompanhou até a estação pra pegar o trem que me levaria a Roma. Saímos com antecedência e esperamos a hora converesando e fazendo um lanchinho no Mac Donald´s; dois mistos e dois milk-shakes de capuccino.
Quando o horário se aproximou, despedi-me de minha mais querida e nova amiga. Seguimos até o binario e procuramos meu carro. Tinha uma fila pra entrar, mas eu já estava me sentindo craque, sabendo exatamente onde colocar mala, casaco, pasta com posteres mochila e... obviamente me atolei horrores!
Ao meu lado, sentou um casal brasileiro simpático com quem troquei umas palavrinhas e consegui dar uma relaxada. Daí, depois de 10 minutos, passou o fiscal cobrando as passagens. E cadê que eu achava minha passagem# Foi me batendo um desespero, uma vontade de chorar, porque simplesmente não acreditava que tinha perdido aquele troço. Procurei em tudo que foi bolso da pochete, da mochila e nada! Daí a brasileira ao meu lado sugeriu que eu visse no banco. E lá estava ela, bem debaixo do meu nariz, ou melhor, da minha bunda! Ri de nervoso e alívio e percebi que todos à volta também. Acho que compartilharam do meu desespero, inclusive o fiscal. Deve ter imaginado o perrengue que ia ser ter de multar uma brasileira maluca como aquela!
Fui escrevendo algumas coisas pro blog no caminho e a viagem passou rapidíssimo. Uma criança chorava fazendo manha e falava coisas em italiano pro pai, que provocavam risos em todos à volta. Fiquei curiosíssima, imaginando o que ela estaria dizendo.
O trem parou finalmente em Roma e procurei ficar ao máximo atenta, porque recebi um milhão de recomendações a respeito dos perigos da cidade e, principalmente, da estação.
Saí da área das plataformas e... Virgem Maria! Que estação enorme!!! Tentei disfarçar a cara de aparvalhada, um verdadeiro ímã de malandro, e fui andando devagarzinho, como quem espera alguém. Mas na verdade estava sacando as redondezas.
Procurei um posto de informação, mas não achei nenhum. Fui naquele que os brasileiros sempre elegem, a banca de jornal! O cara não sabia inglês, mas uma moça que me ouviu, ofereceu-se pra me explicar como chegar na Via Solferino, rua do albergue. Ela me indicou a melhor uscita e me orientou a perguntar o resto do caminho na cafeteria em frente. Fiz isso e me disseram pra seguir até o sinal e virar à direita. Muito perto!
Novamente, como cheguei antes das 3 da tarde, não pude entrar no quarto. Deixei as malas no depósito, peguei um mapa e parti pra conhecer a tão famosa e aclamada Roma!
Almocei no restaurante debaixo do albergue, que tinha uma promoção de massa com vinho a 7 euros. Simples e gostoso, com um vinhozinho simpático! Era o calor de que eu precisava pra começar a desbravar a cidade.
Atravessei a rua em direção a uma praça onde havia avistado alguns telefones públicos. Liguei pra Fabíola, a filha de uma grande amiga de minha mãe, que não via há muuuuuuuitos (tantos que não posso dizer quantos) anos. Ela já estava avisada de que eu chegaria e me atendeu super calorosamente. Combinamos de nos encontrarmos mais tarde, pois ela estava a caminho de uma entrevista.
Resolvi, então, fazer minha primeira incursão por Roma seguindo pela sugestão de Nandi, a Villa Borguese! Então, vambora!
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