Roma: quarto dia - e o sol finalmente brilha na terra de São Pedro!

Acordei tarde, depois de primeiro madrugar com as japonesas mal educadas em conferência matinal. Tive dificuldades de sair das cobertas, dado o frio horroroso que fazia. Enfim, com o quarto vazio (as malditas já tinham ido de vez, pois suas malas já não estavam lá), tomei coragem e fui no banheiro caquético tomar meu banho.

Vesti-me quentinha, atualizei o blog enquanto o tempo melhorava um pouco e parti pra rua. Caso não conseguisse falar com a Fabíola ou o Mattia, já estava decidida a ir à Santa Maria dei Popoli. Fui a uma telefônica próxima ao albergue e lá, abrigada do frio e da chuva (tá impossível nos orelhões), combinei com a Fabíola de nos encontrarmos na Praça de San Pietro, onde, dali, ela me levaria ao Giannacolo pra ver uma maravilhosa paisagem de Roma. Finalmente, o sol brilhou enquanto eu estava na Praça, o que me fez tirar umas fotinhos sob aquele calorzinho gostoso! Tinha muita gente!

Encontrei-me com a Fabíola e tentamos pegar o ônibus pro Giannacolo. Nada! Tentamos táxi. Nada! Constatei o problema de que ela se queixa todo o tempo, em relação à dificuldade de condução em Roma. Milagrosamente, depois de quase desistirmos, passou um táxi vazio e que concordou em nos levar lá.

Realmente, um jardim muito bonito, com uma vista estupenda da cidade. A Fabíola me contou que, não fossem as nuvens pesadas ao fundo, poderíamos ver os montes que levam a regiões vizinhas. Comemos uns panini vendidos em trailers locais, tiramos muitas fotos e pegamos um ônibus pra descer. Fomos então, ao Castelo de Sant´Angelo.

Outra vista soberba de Roma, mas com um monumento mais bonito visto de fora do que de dentro. Mas valeu a visita! Logo a seguir, passamos por uma lojinha de souvenires que vendia cartazes italianos. Praticamente pirei ali dentro! Cada um mais lindo do que o outro. Saí enlouquecida pegando os que eu gostei, na intenção de montar um painel bem lindo, em uma parede da minha futura casinha. Acabei escolhendo 22 cartazes! Pedi a ela pra pechinchar por mim e o vendedor topou por 50 euros. Menos de 2,50 por um cartaz que custaria no Brasil, no mínimo, uns 45! Buon mercato!!! Que felicidade!!!!

Pusemo-nos a andar por ali. Cruzamos a ponte do Tevere e passeamos pelo bairro de Trastevere. Uma vez saído o sol em Roma, o povo finalmente apareceu, mostrando a vida social da cidade e recheando as paisagens com gente animada e bonita.

O bairro era muito lindo e vimos vários restaurantes antes de escolhermos o local de nosso jantalmoço. Acabamos parando na frente da Igreja de Santa Maria de Trastevere, que ela me disse ser muito linda. Por fora, já prometia. Quando entramos, mamma mia! Que teto soberbo! Tirei uma foto muito dexavadinha, mas que não faz jus ao local. É que estava tendo uma celebração com cânticos muito linda! Sentamos e assistimos. Depois, colocamos nossos pedidos junto à imagem de São Francisco e acendemos, cada uma, velas aos pés da Madonna.

Alimentada a alma, fomos ao corpo! Escolhemos uma pequena taverna que não estava nem muito cheia nem muito vazia. Na mosca! Tudo divino! Comi uma bruscetta de entrada, feita de tartufo, ou seja, trufas. Que delícia! Sentimos que recomeçava a chover e decidimos entrar. A Fabíola discutiu com o gerente, que queria nos enfiar numa mesa absolutamente espremida e ficamos numa mesa ótima. Danada essa ragazza! Depois, cada uma pediu uma Tagliada, que é um corte de carne. O meu veio com raddiccio e o dela com rúcula. Dividimos uma saladiha de contorno. Finalizamos também dividindo um tiramisú dos deuses. Tudo, obviamente, acompanhado pelo vinho tinto da casa. Ai, como sou feliz e gorda na Itália!!!

Despedimo-nos com a promessa de jantarmos juntas no dia seguinte, que seria meu último na terra de Dante.

Já sinto saudades, muitas saudades!