domingo, 16 de maio de 2010

Roma: segundo dia









Depois de tomar café no barzinho em frente (suco de laranja, capuccino e sanduíche de queijo com presunto), liguei pra Fabíola e marcamos de nos encontrar na Via Otaviano.
Peguei o metrô (já estou craque) e saltei algumas estações na frente. Ela me levou pra andar naquela região até chegarmos no... Vaticano!!!! Caraca, que emoção a Piazza di San Pedro!
Fiz exatamente o que minha amiga Rose explicou, de me colocar nos dois pontos indicados no meio da praça que correspondem aos centros de onde partem os raios em que se alinham as colunas da Piazza. Lindo de morrer! Fabíola me mostrou a indicação dos ventos em volta do monumento. Planejei de ir no Museu e na Basílica no dia seguinte.


Cruzamos a praça e fomos andando até a casa da Fabíola pra que eu pudesse conhecer. Lindo apartamento em que ela aluga um espaço. Uma graça de quarto e banheiro com uma vista de babar! Depois, andamos mais pelo bairro, que ela me explicou ser análogo a uma Ipanema ou Leblon no Rio.

Falei do meu desejo de comer Bucatini alla matriciana, que o Nelson me garantiu ser um dos melhores pratos romanos e ela me levou num restaurante especial pra isso. Já eram 4 da tarde e eles só reabririam 2 horas depois. Resolvemos tomar um café e fazer um passeio até a hora chegar. Tadinha, e a Fabíola com um super saltão! Só tenho encontrado almas generosas nessa viagem!

Bem ao lado do restaurante, havia uma vendinha que tinha... cerejas!!!! Comprei um tantão que o cara lavou lá na hora mesmo. Lembrei tanto da minha irmã e da minha sobrinha! Estavam divinas!!!

Fomos comendo cerejas e conversando sobre a vida, até que chegamos numa pasticceria linda! Escolhi um doce com frutas silvestres, pedi um capuccino (eita vício!) e Fabíola tomou um café. Fizemos uma horinha lá, batendo um papo tão delicioso quanto o docinho. Falamos sobre infância, Usina (onde ambas moramos quando crianças), pais, avós, vida no exterior, amores feitos e desfeitos! Um barato!

Depois, seguimos pro restaurante, onde almoçamos. Ela ainda pediu uma bruscetta, mas eu estava já forradinha do docinho anterior. O bucatini estava divino e o vinho da casa muito bom! O Vito, chef e dono da casa, já conhecia a Fabíola. Ele foi super simpático e tratou-nos muito bem.
Depois, fizemos um tour e tanto! Piazza di Spagna, Venezia, Campo di Fiori, Piazza Navona! O único problema é que chovia muito e fazia um frio horroroso! Acabei parando em dois lugares pra tomar uma grappa, pois não contava com aquele frio e saí cedo do albergue vestindo uma calça leve e sem meu casacão vermelho.

Teve uma situação engraçada que aconteceu quando eu parei numa cafeteria pra ir ao banheiro. Um italiano altão, com aquele jeitão de yuppie (gelzinho no cabelo, blazer e blusa apertadinha de gola alta) falou alguma gracinha e foi me seguindo. Fui falando "sorry, sorry", como se não entendesse nada. Quando saí, ele veio atrás da gente e perguntou numa mistura de Português e Italiano se éramos brasileiras. Falei "no, sorry". Ele continuou insistindo, de uma maneira já um tanto agressiva "São sim! Claro que são! Estou vendo vocês falarem em Português!". Comecei a ficar um pouco assustada. A Fabíola virou pra ele com uma cara muito dura e falou num Italiano lindo e que eu vou escrever aqui certamente cheio de erros, " Signore, no abbiamo bisonho di companhia!". O cara ficou p... da vida, resmungou umas grosserias e foi embora! Hahahaha! Adorei! Fiquei decorando o fora pra usar em outras oportunidades.

Depois da Piazza Navona, a Fabíola me orientou direitinho e pegamos cada uma um ônibus. Saltei na Termini, mas num ponto que eu nunca tinha estado. Não tive dúvidas, entrei dentro do metrô, saí na estação e repeti o caminho que havia feito quando cheguei na cidade de trem. Dei uma volta surreal, porque depois percebi o quão perto estava. Mas naquela hora não ia arriscar me perder.

Subi pro quarto caquético e tive muita vontade de acordar as japonesas cantando uma música do Zeca Pagodinho bem alto. Elas mereciam um choque cultural, também!!! Mas elas eram muitas e, embora eu seja grande, não sou duas. Decidi ligar minha lanterninha e entrar silenciosamente dentro das cobertas quentinhas.

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