quarta-feira, 19 de maio de 2010

Madri: primeiro dia









Saí esbaforida pra pegar o trem até o aeroporto, porque acabei me atrasando. Estava super agitada na noite anterior e, por isso, acabei indo dormir às 4 da manhã pra acordar às 6:30. Com isso, fiquei mais mole ainda do que sou pra me arrumar. Fora o fato de que tentei não fazer barulho e acordar as outras hóspedes.

Passei mta coisa da mala pra mochila, com medo de que o peso de 20 Kg fosse ultrapassado. Fui correndo pela calçada até a entrada da Termini. Quando estou terminando de atravessar a avenida, sinto algo estranho na minhas costas. Percebi que a mochila estava se abrindo segundos antes de despejar tudo o que tinha no chão. Foi só o tempo de eu me ajoelhar e segurar ao menos a pasta com o netbook! Mas, de qquer forma, espalhavam-se pela calçada todos os livros, lembrancinhas e pastas que eu tinha socado lá dentro. Tentei juntar tudo num círculo perto de mim apenas com uma mão, pois a outra estava segurando a mala, na tentativa de evitar que um ladrão saísse correndo com ela. A essa altura, já estava achando que a mochila tinha arrebentado e xinguei muito, mas muito em Português. Enquanto suava em bicas, tentando socar tudo de volta naquela bolsa, percebi que o fecho devia ter ficado apenas um dedinho aberto. Com o peso e o movimento puxando pra trás, ela deve ter aberto aos poucos. Um saco, mas menos mal que tenha sido isso.
De qualquer forma, a trapalhada me custou o trem das 7:52. Comprei o das 8:22 com medo de chegar esbaforida ao aerporto. Mas no fim deu tudo certo. Entrei na fila e fiz amizade com duas paulistas de 24 anos, que estavam indo no mesmo voo que eu, Patrícia e Isabel. Pesei a mala e constatei que tinha 19 Kg. Bravo! Ao menos, o esforço do peso valeu a pena!
Cheguei no aeroporto de Madri meio assustada com o tamanho do troço, mas a Patrícia, que havia feito um curso de 1 mês e meio na cidade, me indicou onde comprar bilhetes e seguimos. Tive de fazer duas baldeações, mas foi tranquilo. Cheguei sem problemas num albergue limpo, de aspecto familiar, com donos muito simpáticos e com uma localização excelente.
Peguei algumas informações com a Guida, uma das donas e ela falou 20 minutos sem parar sobre tudo o que eu poderia ver. Confesso que prestei mais atenção no jeito dela do que no conteúdo. Aliás, quem me conhece, sabe que tenho esse problema. Fico prestando atenção pra poder imitar depois, mas isso me desconcentra terrivelmente do que é realmente importante. Em todo caso, reparei que a Guida, assim como os espanhóis em geral, deliciam-se com seu próprio idioma. Eles não falam as palavras, mas as saboreiam. Tudo é muuuuuuuuui rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrico, muuuuuuuui preciosooooooooo (com a linguinha nos dentes no "c").
De posse das informações que consegui assimilar e um mapa dado pela Guida, saí pra comer no "100 Bocaditos Cerveceria". Já no caminho, que era bastante curto, constatei a impressão que se mantém até agora. De todas as cidades européias que visitei até agora, Madri é a mais limpa e organizada. Parece que acabaram de passar aspirador nas ruas, lustrar as maçanetas, pintar as grades. Um brinco, como dizia minha avó!
Sentei no restaurante e pedi uma salada de alfaces diversas com kani, salmão e tomate. Depois um mix de bocaditos. Hum... gostosinho, mas que saudades da Itália!!! Pra beber, tomei um chope pequeno, a caña deles.
No caminho de volta, parei pra tomar um solzinho nos Jardins de Sabatini. Ai que calorzinho bom! Deu até pra tirar o casaco e desejar estar vestindo uma bermuda. Que diferença!!!!
Voltei pro albergue, tomei banho e fui encontrar com as amiguinhas na saída de um metrô. Havíamos combinado de nos encontrarmos pra passear e jantar.
Andamos pelas redondezas da Puerta del Sol e fomos pra Plaza Mayor. Muito linda, com várias pessoas conversando e bebendo animadamente. Só que, assim como em Roma, à meia-noite, vai começando a fechar tudo.
De qualquer forma, estava muito cansada e a ideia era voltar logo. Ao entrar no quarto, havia uma americana chamada Jordan e uma brasileira chamada Patrícia. Falei no Skype e capotei um sono bom e tranquilo, ainda que com muitas saudades da Itália!

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