sexta-feira, 7 de maio de 2010

Veneza: tarde do primeiro dia

Estou muito atrasada com meu diário, então vou ter de começar a resumir um pouco. Mas, ao mesmo tempo, está ótimo poder reviver as histórias e registrá-las aqui.

Ainda no primeiro dia em Veneza, depois do almoço que narrei no blog, fui desbravar a cidade. Estava um dia nublado e frio, mas só começou a chover no fim da tarde.

O termo "desbravar" não faz apenas parte da retórica, porque em 90% do tempo eu estou perdida. O mapa e nada é quase a mesma coisa pra mim. Pra se ter uma noção, eu simplesmente NÃO consigo seguir um único caminho estudado. Já me acostumei a ver as coisas que queria completamente fora do caminho que tinha planejado. Sei que Veneza é conhecida pela característica de fazer as pessoas se perderem, mas isso se agrava no meu caso, que tenho um senso de localização absolutamente nulo. Nesse ponto, sou totalmente diferente da minha irmã, que tem um GPS natural. Acho que os genes da orientação foram todos gastos nela. Não sobrou pra mim. Rs.

Em todo caso, enquanto estava "desbravando" a cidade, ouvi o idioma mágico! Duas moças de uns 40 e poucos anos estavam conversando numa esquina. Não aguentei e falei "que delícia ouvir Português!". Elas foram extremamente simpáticas! Chamavam-se Isadora e Josi e eram irmãs. Isadora mora há 8 anos em Veneza e Josi a estava visitando. Comentei com elas sobre o maravilhoso restaurante que tinha ido, o La Zucca e deram-me a confirmação de que o lugar é conhecido aqui. Aliás, toda aquela região, San Giacomo, é frequentada pelos que moram em Veneza e querem distância dos restaurantes ruins e caríssimos das imediações de San Marco.

Ficamos uns 15 minutos conversando e depois parti pra tentar ir a Rialto e San Marco. Depois de mais ou menos 1 hora (em que eu estava perdida), caiu uma chuva daquelas cariocas e com muitos raios. Parei num bar pra esperar o dilúvio passar e foi quando tomei o Sprint da foto postada antes... tá bem, comi um negocinho básico junto. Uma focaccia alla caprese!

Consegui pegar Rialto sem chuva, mas não San Marco. Pensei "demorei tanto pra conhecer esse lugar, que tinha mesmo de chover desse jeito!". Voltei pro albergue (me perdendo umas 5 vezes no caminho) e conheci minhas amiguinhas de quarto.

A americana chamava-se Kara e é uma fofa! É etudante de Artes e está viajando pela Itália desde janeiro. Tem 21 aninhos. As outras duas eram mexicanas, mas só conheci uma, que se chama Elisabeth (já gostei pelo nome!). Uma hora elas perguntaram qual era a idade uma da outra e eu fiquei quietinha. Não teve jeito e me perguntaram também. Quando falei que era 37, elas disseram ficar surpresas e que achavam que eu teria no máximo 26. Fingi acreditar... ahahahaha!

Depois que eu falei por e-mail com a galera de casa, fui com minha amiguinha Kara tentar comer uma coisinha na rua, mas estava tudo fechado pelas imediações. Paramos pra pegar informação com umas moças que estavam cerrando as portas de um café e elas abriram pra nos atender. Dessa vez, foi uma focaccia de salame com queijo e capuccino. Tudo muito básico.

Dormi que nem pedra, pois, conforme a Isadora já tinha adiantado, aqui é uma delícia pra descansar. Como não tem carro pela cidade, é um silêncio realmente repousante! Deu até pra seguir as orientações de papai e colocar o sono em dia. Só acordei às 11h no dia seguinte!

Pfff... e eu que ia resumir!

2 comentários:

  1. Porque essa idéia fixa com idade, heim dona Ana Paula? Ai, ai, ai...............Bjs

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  2. Nenhum problema com a idade, ainda mais na Itália, onde a auto estima fica lá em cima! É só pra não perder a piada! Rs...
    Beijos.

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