Eu e Isabel nos encontramos na estação de metrô e seguimos pra Atocha Renfe, que tem conexão com os trens. Quando chegamos, já não havia mais lugar no das 10:20 e tivemos de comprar o de 12:20. Aproveitei pra já garantir minha passagem pra Barcelona. Caraca, 115 euros!!! Mas, pelo menos, meu albergue é próximo à estação de lá e não vou ter de me preocupar com peso. Já tinha tentado ver passagem aérea e, a essa altura, já estava mais ou menos nesse valor.
Pra fazer hora, fomos pro Jardim Botânico que tinha lá perto, mas ficamos bem pouco. Acabamos nos atrapalhando de leve na hora de pegar o trem, mas no fim deu tudo certo. A viagem foi rapidíssima, mas deu pra dar uma cochiladinha.
Chegamos numa estação bonita, de arquitetura interessante e já pegamos um tour de 2 horas pela cidade, com guia que apresentava os locais históricos e o contexto geral. Tiramos muitas fotos, mas o tour foi meio chato, com uma russa (acho que era russa) muito mal educada que empurrava, esbarrava e traduzia pros amigos em voz muito alta o que o guia falava.
Vimos a Catedral por dentro, que é muito impressionante, mas adivinha... prefiro mil vezes qualquer uma das que eu vi na Itália!
A cidade é toda medieval e muito bonita. Já estava sendo decorada para o Corpus Christi, que é uma festa super importante pra eles. Vimos, inclusive, o ostensório usado na procissão. É praticamente uma casa de tão grande.
Almoçamos uma comidinha xoxa, fizemos comprinhas básicas e visitamos o museu com a principal obra do El Greco. Bem bacana, mas acabado isso, não tivemos mais nada interessante pra fazer! Acabamos indo pra uma pracinha e ficamos tomando sol e vendo a vista. Eu chapei durante 15 minutos, igual a um lagarto naquele calorzinho gostoso. Afinal, ainda estou traumatizada do frio que passei na Itália.
Voltamos pra estação no ônibus das 7 horas, mas conseguimos ficar na parte de cima dessa vez. Pegamos o metrô de volta e fomos ao Mercado de San Antonio tentar um jantar decente. Esse mercadinho é muito bacana. São vários balcões que vendem diferente especialidades de comes e bebes. Todos dentro de uma estrutura coberta e rodeada de vidro. Você escolhe o que quer e senta (quem consegue) nas mesinhas ao centro, como uma pracinha de alimentação. Tá sempre lotado, inclusive com pessoas que aparentam ter acabado de sair do trabalho. É um clima legal, descontraído.
Peguei uns croquetezinhos ("queijo azul", jamón e bacalhau) e uma taça de vinho. Os croquetes estavam gostosos, mas só consegui ter certeza do que era feito de queijo azul. O vinho, um Rioja tinto, estava super gostoso. Depois, ainda tomei mais duas taças de espumante rosado.
Eu estava pedindo minha primeira taça de espumante, gastando meu lindo portunhol, quando a moça me respondeu em Português, sorrindo. Conversamos um pouquinho e ela disse que é de Porto Alegre, mas está trabalhando um tempo na Espanha. Perguntou qual era meu próximo destino e, quando disse Barcelona, comentou que ainda não conhecia, pois vinha dando preferência às viagens mais longas por enquanto. Já tinha rodado boa parte da Europa nas folgas dela. Depois de passarmos uns 2 minutos conversando, ela veio com um pratinho de 3 moranguinhos pra mim e pra Isabel. Uma fofa, mas não me lembro do nome dela.
Naquela briga por mesas, havíamos conseguido um cantinho num balcão. Depois de um tempo, umas 3 meninas se aproximaram e começaram a dividir o espaço com a gente. Não deu outra, eram brasileiras! Uma morava há um ano em Madri, onde faz Mestrado e as outras vieram visitá-la. Eram todas de BH. As que estavam visitando iriam pra Barcelona e trocamos e-mails pra ver se conseguimos nos encontrar lá.
Elas nos chamaram pra esticar numa rua super famosa da night madrilleña, mas depois daquela viagem pra Toledo, tanto eu quanto Isabel precisávamos de uma cama urgente. Até porque, o dia seguinte seria o último e tínhamos muito ainda pra ver.
Na volta ao albergue, fiquei pensando como deve ser bom morar numa cidade como esta, que inspira segurança.
Quando cheguei no quarto, constatei que havia duas novas hóspedes, Ann e Tanja. Ambas são alemãs e muito simpáticas. Conversamos um pouco em Inglês e a Ann me contou que pretende ir ao Brasil ainda neste ano.
Fui pro Skype (bendido Skype!) e fiquei matando um pouquinho das saudades.

estou impressionada e maravilhada com sua capacidade de fazer amizades e já sair passeando, etc.... a propósito, como conheceu a Isabel mesmo?
ResponderExcluirNo aviao, na viagem de Roma - Madri. A amiga dela, Patrícia, estava na fila, logo atrás de mim. Viu minha etiqueta do Brasil na mala e puxou papo. Daí ela comentou que a Isabel ia ficar sozinha a partir do dia seguinte, pois ela voltaria pro Brasil e, assim como eu, queria ir a Toledo. Daí, fizemos amizade... Coisas de brasileiros fora de casa. rs.
ResponderExcluirPrima estou adorando...viajar com você.
ResponderExcluirAté já engordei comprando figo com nozes rs...
Agora ando com vontade de fazer Pic Nic...Mas onde? Aqui...só se for pra ser assaltada...
Adoro seus comentários, as fotos...chego a me emocionar. Você lembra sua priminha Mariana, que quando viaja tira foto de tudo que come...rs...Pra que a gente possa compartilhar de todos os momentinhos dela na viagem.
Torço pra que tudo de certo com você,
Bj
Sarinha
Que bom, Sarinha! Fico feliz! Eu realmente adoro fotografar os pratos, afinal, eles pertencem a uma das melhores partes da viagem!
ResponderExcluirQuanto ao piquenique, dá pra fazer na Floresta da Tijuca numa boa. É uma farofada, mas faz parte! Rs.
Você achou o doce de figo com nozes aí? Ai meu Deus, nem me diga onde!!! Beijos.